Tenho fumado muito esses dias e cheguei a conclusão de que a culpa é sua. Cada trago que dou é uma tentativa de resgatar a memória do seu gosto. Não que você tenha gosto de cigarro, mas há algo nele que ressoa nossos beijos marcados pela fumaça mentolada, as conversas, o vento frio e o sereno.
Este é um dos singelos gatilhos que me ajudam a acessar essa memória da sua presença, o frio na barriga de sentir sua pele contra a minha, de ouvir sua voz e poder trocar olhares com você.
Porque cada um desses momentos é tão onírico que passam essa impressão, de serem sonhos. E como sonhos, fico a tatear a realidade em busca de portais que me permitam ir a seu encontro.
Não te guardo num sonho, mas ao contrário, você faz da realidade um lugar com mais possibilidades, de encontros, de trocas, de afetos que me fazem querer que tudo seja mais como esses momentos. E já que não são, fico a espera dos próximos, um trago de cada vez. Feliz por ter a promessa deles.
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