Você vem quando é conveniente.
Para você.
Sem me perguntar ou se importar com o impacto,
Você vem.
Fica o tempo que quer, me bagunça
E quando convém, de novo,
Vai embora.
Sem me perguntar se eu vou ficar bem
Sem se preocupar com o impacto.
E eu deixo. E me reviro. E me adapto.
Faço espaço para você,
Limpo o quarto,
Reaprendo a te querer
E saio com nada.
Como se eu fosse de aluguel.
Me afogo na chuva,
Faço cena,
Corro atrás e me revolto.
E estou errado. Segundo você.
Dou três passos para longe,
Fico calmo,
Consigo mais uma vez respirar.
Te vejo, mas não sou visto. De propósito.
Não interesso mais.
Me aproximo e é um crime.
Se me magoo, também.
Fico em silêncio.
Sigo.
Resisto.
E você surge novamente, ameaçado.
Com medo que eu te substitua.
Dizendo coisas que não sustenta,
Que amanhã você já esqueceu.
Deixa-me ir.
Que você não me quer aqui como eu quero ficar.
Que a minha falta só é sentida
Se as opções se esgotam.
Encerra o ato que já doeu por duas vidas.
E eu não tenho mais peito para isso.
Atenciosamente,
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