Mais uma vez você perdeu a hora. Novamente, chegou atrasado.
Horas, minutos, segundos? Quantos?
Não faz diferença.
O atraso é imperdoável, irreversível.
Você chegou, mas já não está aberta a porta
E você espera, na chuva, que ela se abra por alguma razão
Que alguém, porventura, venha conferir se esqueceu o sapato aqui fora
Dando de cara com você.
Mas as chances não te conhecem.
Só os pontuais têm chances e você não é um deles.
Guarde as lágrimas, palavras, carinhos
Ou planos que você trazia
Aqui eles não são mais bem-vindos
Nem você.
Volte ao lugar de onde veio
Cabisbaixo.
À espera do próximo atraso...